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Ministério propõe flexibilizar isolamento em locais com 50% do serviço de saúde vago

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O Ministério da Saúde publicou nesta segunda-feira novo boletim epidemiológico para o coronavírus, com orientação para a flexibilização do isolamento social.
O ministério orienta que, a partir de 13 de abril, municípios, Distrito Federal e os estados devem iniciar uma transição para o distanciamento social seletivo, o que o presidente Jair Bolsonaro está chamando de isolamento vertical.
Mas a recomendação serve para aquelas unidades que implementaram medidas de distanciamento social ampliado, onde o número de casos confirmados para a Covid-19 não tenham impactado mais de 50% da capacidade instalada dos serviços de saúde.
Esse isolamento social seletivo, ou vertical, é a estratégia de isolar apenas alguns grupos com mais risco de desenvolver a doença ou que apresentar um quadro mais grave, como idosos, doentes crônicos e gestantes de risco.
Os demais locais com impacto acima dos 50% do sistema de saúde devem manter medidas de isolamento ampliado até que os suprimentos e equipes médicas estejam disponíveis em quantitativos suficientes para permitir essa flexibilização.
O secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, afirma que as medidas de distanciamento social são necessárias até a reorganização do sistema de saúde para o atendimento da população.
“Eu não tenho dúvida que as medidas de distanciamento social são fundamentais para que o sistema de saúde se organize. O distanciamento não é para impedir a transmissão, equivoca-se quem acha isso. Distanciamento social o paciente é o sistema de saúde, não é a pessoa. Agora, fazer uma transição direta, sem termos os condicionantes de saúde, equipamentos de proteção individual, respirados mecânicos, testes laboratoriais e leitos em quantitativo suficiente é temerário”.
O Ministério da Saúde também publicou, nesta segunda-feira, novas orientações de afastamento do trabalho de profissionais de saúde e segurança. Wanderson Oliveira afirma que a medida é um começo para flexibilizar o isolamento social.
“Nó publicamos uma orientação sobre afastamento laboral, justamente para orientar profissionais, os serviços de saúde e segurança pública, para que aqueles profissionais que necessitem ficar em isolamento, só fiquem se realmente for indicado. É o começo de uma flexibilização para uma transição gradual, de onde está implementando distanciamento social ampliado, como São Paulo, Distrito Federal, migrar com segurança para o distanciamento social seletivo”.
Na estratégia, devem ficar em isolamento trabalhadores que apresentarem síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave, e quem tiver contato próximo com doentes, além de pessoas acima de 60 anos e doentes crônicos.
O boletim do Ministério da Saúde alerta para a necessidade de ampliar os testes biológicos para o coronavírus para 30 a 50 mil testes por dia. Outra preocupação é com a carência de profissionais capacitados para o manejo de equipamentos de ventilação mecânica, fisioterapia respiratória e cuidados avançados de enfermagem.
O ministério ainda lembra que os leitos de UTI e internação não estão devidamente estruturados para a fase mais aguda da epidemia. E reafirma que não há evidência robusta do uso da cloroquina de forma ampliada para a população.

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