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Sebrae: bancos estão negando crédito a pequenas empresas

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A tentativa de sobreviver durante a pandemia do novo coronavírus por meio de empréstimos não tem sido bem sucedida para muitos pequenos empresários. Pesquisa do Sebrae, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, revelou que seis em cada dez estabelecimentos que já buscaram crédito no sistema financeiro, nesse período, tiveram o pedido negado.
E as perdas são altas. Oitenta e oito por cento dos pequenos empresários viram seu faturamento cair desde o início da pandemia. A queda foi de 75%, em média.
Os dados são da segunda pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae entre os dias 3 e 7 de abril. Foram ouvidos 6.080 empreendedores de todo o país.
O número de negócios que interromperam as atividades temporariamente ou fecharam as portas definitivamente é de mais de 62%. Entre os que continuam abertos, a maioria adotou mudanças, como reduzir horário de funcionamento, atuar exclusivamente na Internet ou apenas fazer entregas.
Nos últimos 15 dias, cerca de 18% dos empresários entrevistados demitiram funcionários.

Outro dado apontado pelo Sebrae é que 29% não conhecem as linhas de crédito oferecidas para evitar demissões e que 57% apenas ouviram falar a respeito.
No final do mês de março, o governo anunciou a liberação de uma linha de crédito de R$ 40 bilhões que podem atender cerca de 1,4 milhões de pequenas e médias empresas.
Em contrapartida, elas devem assumir o compromisso de que não vão demitir funcionários nesse período.
No mês passado, os cinco maiores bancos do país também anunciaram a prorrogação, por até 60 dias, dos vencimentos de dívidas para clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas.
Em nota, o Sebrae informou que vai destinar pelo menos 50% da sua arrecadação para ampliar o crédito aos pequenos negócios. Os recursos vão fortalecer o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas. Segundo a entidade, isso vai permitir um aumento nas operações de microcrédito com taxas mais baixas, maior prazo e melhor período de carência.
Ainda de acordo com o Sebrae, um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios ao crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse sentido, medida de socorro deve começar com R$ 1 bilhão em garantias às micro e pequenas empresas, o que vai viabilizar a alavancagem de aproximadamente R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios.

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