Adesão da greve nas viações Osasco e Urubu pode chegar aos 90%
Urubupunga e Viação Osasco estão com suas garagens paradas após a decisão dos motoristas e cobradores pela greve. Em nota, o prefeito Jorge Lapas sugere que os R$0,15 que serão pagos por cada passagem -como subsídio para as empresas- demonstra que o papel da administração pública foi feito.
As reivindicações dos motoristas e cobradores não são fruto de uma realidade recente; Tanto a Urubupunga, quanto a Viação Osasco (empresas coirmãs) recebem duras críticas de seus funcionários pela diferenciação dos funcionários operacionais e dos administrativos – substancialmente melhor pagos.
Em SP, uma nota do sindicato patronal ofereceu repúdio à greve e piorou a situação sugerindo que demissões poderiam acontecer sumariamente. Em Osasco, uma teoria emergiu entre os grevistas que acreditam que a administração das empresas já sabia da greve e nada fez para negociar justamente para dissuadir rechaço sobre o recebimento dos R$0,15 de subsídio.
Sugerem também que forças políticas contra o subsídio se enfraquecem nesse momento, como se a greve legítima dos trabalhadores fosse uma ação que com efeito colateral também justifica o pagamento com dinheiro público às empresas coirmãs.
Nossa reportagem constatou que a garagem Urubupunga na Zona Norte estava fechada, com aglomeração de cerca de 200 funcionários na linha de frente.
Exigindo melhores condições de trabalho e segurança, sob a tensão da substituição da profissão de cobrador por maquinetas automatizadas e acumulo de função para os motoristas, os funcionários do transporte público de Osasco agem para tentar reduzir a distância entre a força do trabalhador e do patrão;
Ainda não foi dado nenhum posicionamento oficial sobre os prazos de negociação ou a volta parcial dos coletivos, embora dados oficiosos sugerem que o andamento das negociações será rápido, com as empresas de ônibus propondo aumento de salários baseados no subsídio do município. Isso, talvez, justifica a inércia.