Eleições 2014: Délbio Teruel é impugando. Giglio teve mesmo destino
Impugnado em votação unanime, Délbio Camargo Teruel perdeu o direito de conquistar uma vaga nas eleições 2014. Candidato ao Congresso Nacional, Teruel não convenceu a Justiça Eleitoral que suas contas em 2002 –durante mandato de vereador- estavam corretas.
Na prática Débio ainda poderá receber os votos nas urnas, embora não serão contabilizados pelo TRE. Tecnicamente, cada voto que recebido será sumariamente apagado, apenas registrado nas urnas.
O mesmo destino do candidato do PSD recaiu sobre Celso Giglio, ex-prefeito de Osasco e candidato do PSDB, que perdeu as eleições de 2012 após sua candidatura sofrer processo semelhante na justiça. Cerca de 100 mil habitantes de Osasco perderam seus votos ao apoiarem um candidato que antecipadamente já estava impugnado.
Celso Giglio e Délbio Teruel sempre nutriram proximidade política, sendo compositores de um mesmo governo entre 1996 e 2000. Entre 2000 e 2004 as contas de ambos os políticos não foram aprovadas, sendo rejeitadas diversas vezes pela Câmara Municipal e, agora, pela Justiça Eleitoral.
O destino de Celso Giglio nessas eleições ainda é incerto, correndo processo de improbidade administrativa em 2012 e possivelmente uma releitura em 2014. Teruel não poderá recorrer em instâncias da justiça eleitoral, sendo que uma eventual vitória judicial convencional apenas postergue a sua anulação como candidato ao Congresso.
A reviravolta é semelhante ao caso de Celso Giglio (PSDB), cujo nome foi rejeitado, mas foi mantido nas urnas até o último momento. Eleitores que optaram pelo candidato perderam seus votos (cerca de 100 mil pessoas de Osasco).
Estratégia;
Seguindo a mesma estratégia de Celso Giglio, Teruel poderá manter sua disputa perante a população como se absolutamente nada tivesse ocorrido, sendo que a anulação definitiva aconteceria apenas após as eleições 2014. Portanto, a atenção sobre nomes impugnados ou com chances de ação da Justiça Eleitoral poderá evitar que muitos habitantes de nossa região não registrem efetivamente seus votos.