Acordei bem cedo e fui percorrer o caminho da tocha olímpica pela cidade. Está tudo perfeito, ruas limpas, grama cortada, árvores podadas e tudo, mas tudo mesmo, limpinho. É uma cidade pronta para receber o maior símbolo da Olimpíada: a Tocha Olímpica.
Parece domingo. Transito tranquilo, mesmo com o comércio todo aberto. O que mostra a força econômica da estrutura municipal, com seus servidores e todas as suas secretarias. O prefeito decretou – corretamente – ponto facultativo no município, pois receber a tocha é um acontecimento único na vida de uma cidade e das pessoas.
A passagem da Tocha começa pelo Km 18
A Rota da Tocha Olímpica começa no Km 18, altura do número 5.000 da avenida dos Autonomistas, percorre toda a zona sul, para no Bradesco, passa pela sede da Prefeitura de Osasco, faz o retorno em frente ao Teatro Municipal, cruza a cidade em direção à zona norte e termina sua passagem na avenida Brasil, ali no Rochdale. Ali, haverá um show musical, que começa às 16:00 horas, com a presença de artistas como Mulekagem, Projota, Mariana Fagundes e MC Doug.
É justo que Osasco, um município que ama o esporte, receba a Tocha Olímpica
Osasco é um município esportivo na sua essência. Temos campos de futebol espalhados por toda a cidade, temos um grande time de vôlei feminino, ginastas, mestres em xadrez, atletas que frequentemente recebem prêmios nacionais e internacionais. Nada mais justo, que o símbolo olímpico passasse por aqui, antes de chegar ao Rio de Janeiro. É absolutamente justo.
Mesmo a gente tendo que ver algumas ruas fechadas para o trânsito, vale a pena passar por esse momento. À tarde o povo vai estar nas ruas para saldar a tocha e isso é o que importa. Amanhã, a cidade volta à sua vida normal.
A passagem da Tocha Olímpica nos coloca dentro da realidade
Tenho alguns amigos que insistem em relacionar esse evento como um processo de alienação. Não concordo. Diferente de outros momentos vividos no Brasil, a Olimpíada não nos afasta da realidade. Ao contrário, nos coloca dentro dela, quando vemos uma cidade preparada para saldar a passagem de um símbolo. É a partir desse dia, que seguramente, vamos pensar na importância de uma cidade melhor para todos, limpa e organizada todos os dias.
Em 1991, Otto Lara Resende assinou sua primeira crônica para o jornal Folha de São Paulo com o título: Bom dia pra nascer. Hoje, 21 de julho, posso dizer: Bom dia pra viver o espírito olímpico e mudar uma cidade.
Marco Aurélio Freitas
