Vereadores repudiam fala de desembargador: "gravidez não é doença"
Por Ana Rodrigues
O vereadores osasquenses repudiaram, durante a 59ª Sessão Ordinária, realizada nesta quinta-feira (19), a fala do desembargador Georgenor de Sousa Franco Filho, que comentou, durante uma audiência da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região (Pará e Amapá), que “gravidez não é doença”.
A vereadora Elsa Oliveira (Podemos) foi a propositora da Moção de Repúdio ao desembargador, que fez o comentário após a solicitação de uma advogada, que precisou se ausentar da audiência para dar à luz.
“O comentário do profissional está nas redes sociais e gerou muita indignação. “É uma fala absurda. Realmente gravidez não é doença, é um direito. E é um absurdo que esse comentário tenha vindo de um representante da lei”, apontou a vereadora Elsa. “A gente precisa continuar se indignando para que um dia isso deixe de acontecer. Esse tipo de postura apenas reforça a posição de muitos empregadores, que evitam contratar mulheres porque elas engravidam”, completou Elsa.
“Por causa da questão gestacional, as mulheres ainda recebem muito menos. Isso foi revisto há pouquíssimo tempo. Essa fala do desembargador foi um tremendo desrespeito e isso mostra o quanto esses espaços não estão preparados para a presença feminina”, lamentou Juliana da Ativoz (PSOL)
Defensor das causas femininas, o vereador Emerson Osasco (Rede) também usou a Tribuna para expressar sua solidariedade às colegas parlamentares.
Márcio da Lan (Avante) fez coro ao vereador e lamentou que o país ainda seja tão machista. “Infelizmente, vivemos em um país muito machista. As mulheres precisam ser respeitadas. Falas como esta do desembargador são covardes e não podem ser toleradas”, afirmou Márcio da Lan. A Moção de Repúdio foi aprovada por unanimidade.
Repúdio ao Pastor Sérgio Fernandes
Os parlamentares também manifestaram repúdio à fala do pastor Sérgio Fernandes, que desrespeitou, em um culto religioso, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, colocada na entrada da Cidade de Bastos, interior de São Paulo. O vereador Adauto (PDT) propôs uma Moção de Repúdio pelo desagravo aos católicos, iniciativa que também foi aprovada por unanimidade.
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