Presidente recebe balanço de plano para acolher juízas do Afeganistão
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta segunda-feira (2), no Palácio do Planalto, com a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil. Após o encontro, ela falou com a imprensa sobre a visita. A AMB lidera, desde o ano passado, uma campanha humanitária para que o Brasil acolha juízas do Afeganistão, que passaram a ficar sob ameaça após a tomada de controle do país pelo grupo islâmico Talibã, cujo regime político envolve uma série de restrições ao trabalho e educação das mulheres.
“Na verdade, eu vim agradecer, porque foi através de uma iniciativa do presidente que a gente montou, com a Casa Civil, o plano com a emissão de vistos provisórios. E esse modelo que o Brasil adotou foi o modelo vencedor, tanto que em nenhum outro país a gente teve um acolhimento como esse, bem-sucedido”, afirmou Renata Gil.
Visto humanitário
Em outubro de 2021, dez magistrados afegãos e seus familiares, a maioria mulheres, chegaram ao Brasil após receberem visto humanitário do governo brasileiro. A ação foi coordenada pela AMB, em parceria com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), após informações de que pelo menos 270 juízas estavam em situação de vulnerabilidade no país do Oriente Médio, em meio à ascensão do Talibã.
A concessão do visto temporário e de autorização de residência foi regulamentada pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública. Segundo Renata Gil, uma segunda parte do plano de acolhimento das juízas afegãs foi entregue ao presidente da República.
“Eu vim entregar a parte final do plano, que está todo desenhado. Esse plano foi entregue ao governo federal, foi entregue também às autoridades nos países que a gente tem visitado”, informou.
Além de tratar do acolhimento humanitário, a assessoria da AMB informou que Renata Gil e Jair Bolsonaro também conversaram sobre a campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, que incentiva mulheres vítimas de ameaças e agressões a pedir ajuda por meio de um X vermelho na palma da mão. A campanha também é uma iniciativa da associação dos magistrados.
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