Brasil

Biden recorre a lei de guerra para acabar com escassez de leite em pó

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, nesta semana, que vai invocar a Lei de Produção para Defesa na tentativa de acabar com a escassez de fórmula infantil (leite e pó para bebês), no país.

Biden declarou que orientará os fornecedores de ingredientes que priorizem o fornecimento aos fabricantes de leite artificial e controlem a distribuição conforme necessário.

O leite em pó da Abbott Laboratories, fabricado nas instalações da empresa em Michigan, nos Estados Unidos, foi retirado do mercado devido a suspeitas de contaminação bacteriana. A empresa recolheu produtos de fórmula infantil e fechou a fábrica em fevereiro após relatos de infecções em quatro bebês. O fechamento da fábrica agravou a escassez do produto, devido à escassez de suprimentos causada pela pandemia de covid-19.  

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, está investigando se os casos de contaminação estão relacionados à formula.

Lei de Produção para a Defesa

É a primeira vez que a Lei de Produção para Defesa obriga as empresas a fabricar leite artificial, mas a legislação, do pós-guerra, já havia sido aplicada fora de seu objetivo inicial, de oferecer apoio à defesa nacional. Aprovada em 1950, a Lei de Produção para Defesa tem como base as leis de Poderes de Guerra de 1941 e 1942.

As leis conferem ao presidente ampla autoridade para controlar a produção nacional. Por exemplo, a legislação ajudou os EUA a aumentar a produção de aviões de guerra de 2,5 mil por ano para mais de 300 mil antes do final da guerra.

Em 2019, o Departamento de Segurança Interna americano invocou a lei aproximadamente 400 vezes, principalmente para preparar o país em caso de furacões e outros desastres naturais, fornecendo recursos para abrigar e alimentar sobreviventes, entre outras medidas. Os presidentes Bill Clinton e George W. Bush, por exemplo, usaram as leis para desviar eletricidade e gás natural para a Califórnia durante a crise energética de 2000 a 2001.

A lei também vem sendo utilizada na pandemia de covid-19. O presidente Donald Trump a usou para priorizar a alocação de recursos médicos, evitar o acúmulo de equipamentos de proteção individual e exigir que a General Motors produzisse respiradores. Trump ordenou ainda que as instalações de processamento de carne bovina, suína, e de aves permanecessem abertas durante o lockdown para garantir o fornecimento de proteína à população.

Biden, por sua vez, também recorreu à lei, principalmente no combate à pandemia. Em março de 2021, por exemplo, o atual presidente a invocou para acelerar a produção de vacinas, garantindo que as unidades extras estivessem em boas condições de operação, bem como para agilizar a produção de insumos, equipamentos e máquinas essenciais. Em março de 2022, Biden emitiu uma diretiva para aumentar o fornecimento de materiais para baterias de grande capacidade usadas principalmente em veículos civis.

*Com informações da Reuters e colaboração do tradutor Fabrício Ferreira.

É proibida a reprodução deste conteúdo.


Veja na fonte oficial – IMG Autor

Concorra a prêmios surpresas ao fazer parte de nossa newsletter GRATUITA!

Quando você se inscreve na nossa newsletter participa de todos os futuros sorteios (dos mais variados parceiros comerciais) do PlanetaOsasco. Seus dados não serão vendidos para terceiros.

PlanetaOsasco.com

planeta

O PlanetaOsasco existe desde 2008 e é o primeiro portal noticioso da história da cidade. É independente e aceita contribuições dos moradores de Osasco.

Artigos relacionados

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Botão Voltar ao topo
0
Queremos saber sua opinião sobre a matériax