Demolição de prédio histórico em Osasco é falta de criatividade
Nas redes sociais o início das obras de demolição do Galpão da Hervy, Vila Bonfim, trouxe uma série de publicações de fotos históricas da região. Em um site especializado em imagens, o skyscrappercity, dezenas de fotos de acervos foram publicadas como homenagem à memória de Osasco.
Mas não é apenas o Galpão da Hervy que está sendo alvo de uma pouca capacidade administrativa para sintonizar o passado e o progresso. A Rua da Estação, um dos últimos locais que ainda preservavam a arquitetura típica dos anos 10 e 20 foi completamente destruída pela falta de fôlego de negociação com o Governo do Estado de São Paulo.
Quando uma pessoa visita Osasco pela primeira vez, o único resquício de história que ela tem contato é o museu da cidade, sem ser possível deparar com prédios históricos. A demolição da Hervy criou certo impacto nos moradores, gerando sensações mistas de progresso e destruição da memória.
Alguns moradores mais antigos, muitos dos quais trabalharam na empresa nas décadas de 60 e 70, indagaram via redes sociais se a arquitetura da nova sede da prefeitura não poderia –de forma criativa- manter o prédio histórico, mesmo que inserido numa estrutura moderna.
A Hervy foi uma fábrica de peças cerâmicas, predominantemente de uso sanitário, sua massa falida impediu que o terreno fosse usado para outros propósitos nos últimos trinta anos.
A foto mostra a fábrica ao fundo, em operação, numa Osasco do final dos anos 50.