Barueri terá campanha antirracismo no esporte — Câmara Municipal de Barueri
O plenário da Câmara Municipal de Barueri aprovou, na sessão de terça-feira, 31, a criação de uma política pública para combater o racismo em competições esportivas realizadas na cidade. De acordo com a proposta, a iniciativa tem como objetivo “implementar ações para que estes ambientes sejam espaços saudáveis, acolhedores e educativos para todos”.
O Projeto de Lei 053/2023 estabelece a promoção e divulgação de campanhas educativas de combate à discriminação racial e de atendimento às vítimas a ser realizado antes e durante os eventos.
A Política Municipal de Combate ao Racismo prevê também que funcionários e prestadores de serviços envolvidos nos eventos recebam treinamento e instrução sobre condutas criminosas, além de determinar a criação de medidas de acolhimento e auxílio às vítimas.
O “Protocolo de Combate ao Racismo”, criado pela legislação aprovada pelos vereadores, permite que qualquer cidadão informe autoridades sobre condutas discriminatórias nos eventos esportivos, para que o responsável pela organização da competição seja notificado e fique encarregado de registrar um boletim de ocorrência o mais rápido possível. Se necessário, ele poderá também pedir ao árbitro a interrupção da partida pelo tempo necessário.
“Infelizmente, casos de racismo estão se proliferando em estádios de todo o mundo. Em 2014, foi bastante noticiada a denúncia do goleiro Aranha sobre ofensas raciais que ele recebeu em uma partida de futebol em Porto Alegre”, lembrou o vereador Leandrinho Dantas (PRTB), autor do projeto de lei. “Recentemente tivemos também casos com o Vinícius Júnior, um dos mais conhecidos jogadores de futebol do mundo, que foi vítima reiteradas vezes de racismo explícito durante partidas de futebol no Campeonato Espanhol e na Champions League”, completou.
“Fatos como estes mostram a necessidade da criação de políticas de combate ao racismo em estádios e arenas esportivas, bem como a criação de protocolos de atuação em casos de condutas racistas”, justificou Leandrinho.
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